Hanseníase Indeterminada
Hanseníase Indeterminada é a forma inicial da hanseníase, que pode migrar para a cura ou avançar para outras formas clínicas, acometendo principalmente pessoas socialmente excluídas.
Highlights
- Forma inicial da Hanseníase.
- Pode migrar para a cura ou avançar para as demais formas clínicas.
- Maior frequência na Índia, Brasil e Indonésia, representando cerca de 79,6% dos casos novos no mundo.
- Acomete mais pessoas socialmente excluídas, sem predomínio por sexo, e acomete mais indivíduos entre 30-59 anos.
- Doença de notificação compulsória e investigação obrigatória.
Olhada Rápida
- Agente etiológico é o Mycobacterium leprae, que possui tropismo pelas células de Schwann.
- Transmissão através de contato íntimo e prolongado de pelo menos 8 horas por dia por meio de gotículas de saliva ou secreção nasal.
- Máculas hipocrômicas ou eritêmato-hipocrômicas com eritema marginal ou difuso, com bordas mal delimitadas, podendo apresentar alopecia total ou parcial.
- Forma paucibacilar, com baciloscopia negativa.
- Podendo haver distúrbios da sensibilidade, sudorese ou vasomotores (geralmente só hipoestesia térmica).
Fatores de Risco
- Idade avançada.
- Imunossupressão.
- Contato direto.
- Predisposição genética.
Diagnóstico



- Em geral, o diagnóstico é feito a partir de alteração de sensibilidade e da epidemiologia.
- Diagnóstico eminentemente clínico, baseado na lesão característica.
- Pesquisa de sensibilidade.
- Identificação do bacilo por PCR.
- Baciloscopia direta: no caso da Indeterminada, é negativa (< 5 lesões).
- Histopatológico.
Diagnóstico Diferencial
- Pitiríase versicolor.
- Pitiríase alba.
- Dermatite seborreica.
- Hipocromias e acromias residuais.
- Nevo anêmico.
- Vitiligo.
Tratamento
- Tratamento feito com associação de três drogas: Rifampicina, Dapsona e Clofazimina.
- Em adultos paucibacilares (até 5 lesões): 6 cartelas com duração de 9 meses de tratamento.
- Dose mensal supervisionada de Rifampicina e dose auto-administrada de Dapsona e Clofazimina.
Referências
- SILVA Márcia Ramos e; CASTRO Maria Cristina Ribeiro de. Infecções por Micobactérias: hanseníase. In: BOLOGNIA Jean L.; JORIZZO Joseph L.; SCHAFFER Julie V. Dermatologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier 2015. Cap. 75. p. 3565-3587.
- Micobacterioses: hanseníase. In: AZULAY Rubem David; AZULAY David Rubem; AZULAY-ABULAFIA Luna. Azulay Dermatologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan 2022. Cap. 42. p. 1614-1675.