Dermatite Seborreica

Dermatite Seborreica é uma doença crônica recidivante, caracterizada por lesões eritematosas e descamação, associada ao fungo Malassezia e outras condições, como infecção pelo HIV e doenças neurológicas.

Highlights

  • A patogênese não é totalmente conhecida, mas envolve glândulas sebáceas, colonização pelo fungo Malassezia, infecção pelo HIV, Doença de Parkinson, AVC (dermatite unilateral), entre outras associações.
  • Doença crônica recidivante com gravidade variando de descamação mínima e assintomática no couro cabeludo até envolvimento generalizado.
  • Incidência bifásica: bebês de 2 semanas a 12 meses, e durante adolescência e vida adulta (18-40 anos).
  • Mais frequente no sexo masculino.
  • Caracterizada por períodos de surto e acalmia; não há cura total, mas há controle das crises com medicação.

Olhada Rápida

  • Prevalência de aproximadamente 3% com pico na 3ª e 4ª década de vida.
  • Lesões maculopapulares eritematosas ou amareladas, delimitadas e recobertas por escamas de aspecto gorduroso.
  • Predisposição por áreas seborreicas: couro cabeludo, regiões interpeitoral e interescapular, sulco nasogeniano, retroauricular.
  • A forma mais branda e comum é a caspa (pitiríase capitis) no couro cabeludo.
  • Em lactentes, observa-se crosta láctea.
  • Prurido é variável.
  • Curso tenue de evolução, geralmente leve a moderada.

Fatores de Risco

  • Histórico familiar de dermatite seborreica.
  • Excesso de sebo.
  • Presença de respostas inflamatórias anormais da pele à presença do fungo Malassezia.
  • Doenças neurológicas.
  • Estresse.
  • Clima frio e seco.
  • Uso de algumas medicações.
  • Obesidade.
  • Alcoolismo.

Diagnóstico

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  • Diagnóstico clínico com base na aparência e localização das lesões.
  • Em casos mais abruptos, intensos ou não responsivos ao tratamento, deve-se considerar infecção pelo HIV.

Diagnóstico Diferencial

  • Psoríase.
  • Tinea capitis.
  • Dermatofitose.
  • Dermatite de contato.
  • Pitiríase rósea.
  • Doença de Darier.
  • Farmacodermias.

Tratamento

  • Não há tratamento curativo, mas de controle durante as crises.
  • A base do tratamento são azólicos tópicos (ex.: Clotrimazol, Cetoconazol) em xampu (couro cabeludo) ou cremes (corpo).
  • Corticosteróides tópicos podem ser usados também isoladamente ou em associação com antifúngicos (ex.: Cetoconazol associado a Betametasona).
  • Imunossupressores tópicos podem ser usados em casos mais resistentes.

Referências

  • REIDER Norbert; FRITSCH Peter O. Outras erupções eczematosas. In: BOLOGNIA Jean L.; JORIZZO Joseph L.; SCHAFFER Julie V. Dermatologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier 2015. Cap. 13. p. 711-750.
  • Sasseville Denis. (2024) Seborrheic dermatitis in adolescents and adults. Up to date Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/seborrheic-dermatitis-in-adolescents-and-adults?source=history. Acesso em: 24 de junho de 2024.
  • VILAR Airá Novello et al. Eczemas. In: AZULAY Rubem David; AZULAY David Rubem; AZULAY-ABULAFIA Luna. Azulay Dermatologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan 2017. Cap. 17. p. 383-430.