Necrobiose Lipoídica

Necrobiose lipoídica é uma dermatose crônica caracterizada por placas atróficas marrom-amareladas, telangiectásicas e com bordas bem definidas, frequentemente associada ao diabetes mellitus.

Highlights

  • Lesões marrom-amareladas com telangiectasias e atrofia central.
  • Bordas bem definidas e margem violácea elevada.
  • Localização mais comum na região pré-tibial.
  • A ulceração pode ocorrer em um terço dos casos.
  • Sensibilidade diminuída, hipo-hidrose e alopecia parcial podem estar presentes.

Olhada Rápida

  • Placas inicialmente pequenas, firmes e vermelho-acastanhadas, que crescem e desenvolvem atrofia central.
  • Geralmente múltiplas e bilaterais.
  • Pode ulcerar após trauma local.
  • A proporção de pacientes com diabetes mellitus varia de 15 a 65%.

Como se Apresenta

Presentation 1Presentation 2Presentation 3Presentation 4Presentation 5Presentation 6
  • Lesões infiltradas e atróficas com coloração marrom-amarelada.
  • Bordas elevadas e margem violácea bem definida.
  • Placas geralmente localizadas na face anterior da tíbia.
  • Possível ulceração, especialmente após traumatismo.

Fatores de Risco

  • Diabetes mellitus.
  • Trauma local.

Diagnóstico

  • Diagnóstico clínico baseado na aparência das lesões.
  • Confirmação histopatológica.

Diagnóstico Diferencial

  • Granuloma anular.
  • Xantogranuloma necrobiótico.
  • Sarcoidose.
  • Dermopatia diabética.
  • Lipodermatosclerose.
  • Paniculites e infecções granulomatosas (hanseníase, sífilis terciária, infecções fúngicas dimórficas).
  • Morfeia.
  • Líquen escleroso.
  • Lipogranuloma esclerosante.

Tratamento

  • Nenhum tratamento foi comprovadamente eficaz.
  • Controle glicêmico em pacientes com diabetes mellitus não altera significativamente a evolução da doença.
  • Corticosteroides tópicos potentes para lesões recentes.
  • Corticosteroides intralesionais podem ser usados nas bordas ativas de lesões mais antigas.
  • Outras opções incluem estanozolol, niacinato de inositol, nicofuranose, hidrocloreto de ticlopidina, pentoxifilina e niacinamida (500 mg, 3 vezes ao dia).

Referências

  • RIVITTI, Evandro A. Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti. Grupo A, 2024.
  • Azulay, R. D., Azulay D.R., AZULAY., L, Dermatologia, 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2022.
  • BELDA JUNIOR, W.; DI CHIACCHIO, N.; CRIADO, P. R., Tratado de Dermatologia. 4° ed. São Paulo: Atheneu, 2023.
  • BOLOGNIA, Jean L.; Jorizzo, Joseph L.; Schaffer, Julie V.. Dermatologia. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.