Cromomicose

Cromomicose é uma micose profunda, crônica e progressiva da pele e do subcutâneo, causada pela implantação traumática de fungos demáceos pigmentados.

Highlights

Também conhecida como cromoblastomicose, dermatite verrucosa, micose de Pedrosa e Lane.
Causada por implantação traumática na pele/subcutâneo de diferentes gêneros e espécies de fungos demáceos pigmentados.
Os fungos habitam o solo e vegetais e são introduzidos no organismo por ferimentos ou traumas.
Afeta principalmente trabalhadores rurais devido à falta de proteção e exposição contínua.

Lesões geralmente localizadas unilateralmente nos membros inferiores.
Propagação ocorre por continuidade e autoinoculação, raramente há comprometimento linfonodal.
Disseminação hematogênica ou linfática é excepcional.
Evolução crônica e lenta, geralmente permanecendo localizada.

Existem 5 tipos de apresentação: nodular, em placa, tumoral, cicatricial e verrucosa.
Lesões polimórficas, iniciam como pápulas ou nódulos e evoluem para outras formas.
Placas verrucosas de progressão centrífuga e lesões cicatriciais na área central.
Presença de black dots formados por debris celulares e fungos em eliminação transepitelial.
Complicações incluem linfedema, anquilose e degeneração carcinomatosa.

Formas localizadas:
Criocirurgia com nitrogênio líquido (30 segundos a 4 minutos).
Eletrocoagulação ou laser de CO2 com margem de segurança.
Cirurgia por exérese.
Termoterapia com aplicação de bolsa térmica (44 a 45 graus) várias vezes ao dia.
Formas extensas:
Itraconazol 200 a 400 mg/dia por 12 meses ou mais.
Anfotericina B 25 mg em dias alternados.
Flucitosina 150 mg/kg/dia por 8 a 12 meses.
Terapia combinada:
Criocirurgia + antifúngicos sistêmicos (itraconazol, posaconazol ou terbinafina).
Anfotericina B 25 mg em dias alternados + flucitosina 150 mg/kg/dia por 2 a 3 meses.

RIVITTI, Evandro A. Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti. Grupo A, 2024.