Paracoccidioidomicose

Paracoccidioidomicose é uma micose sistêmica crônica causada pelo fungo Paracoccidioides brasiliensis, com comprometimento tegumentar e visceral, endêmica na América Latina.

Highlights

  • Doença crônica, subaguda ou raramente aguda causada pelo fungo Paracoccidioides brasiliensis.
  • Comprometimento tegumentar e visceral.
  • Endêmica na América Latina, afetando principalmente Brasil, Venezuela, Colômbia e Argentina.
  • Dentre as micoses sistêmicas, apresenta a maior taxa de mortalidade.
  • Forma crônica mais comum em homens adultos; forma aguda/subaguda acomete crianças e jovens de ambos os sexos.

Olhada Rápida

  • Infecção ocorre por aspiração, ingestão ou inoculação.
  • Forma aguda/subaguda é mais agressiva.
  • Pode afetar mucosa oral e nasal, pulmões, laringe, pele, sistema nervoso central e outros órgãos.
  • Lesões cutâneas podem ser únicas ou múltiplas, ulcerovegetantes ou ulceradas, mais comuns na metade superior do corpo.
  • Quando há envolvimento de outros órgãos, a doença geralmente já está disseminada.

Como se Apresenta

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  • Lesões mucosas: estomatite moriforme de Aguiar Pupo, com ulcerações eritematosas e pontilhado hemorrágico.
  • Lesões cutâneas podem ser papulosas, papulopustulosas, vegetantes ou ulcerovegetantes.
  • Presença de adenopatias regionais ou generalizadas.
  • Imunodeprimidos apresentam características da forma aguda juvenil, mas com lesões de mucosa semelhantes à forma crônica.

Fatores de Risco

  • Tabagismo crônico.
  • Etilismo crônico.
  • Clima tropical e subtropical (12-30 ºC).
  • Atividades relacionadas ao manejo do solo.
  • Contagem de células TCD4+ < 200.

Diagnóstico

  • Visualização e isolamento do fungo em exame direto.
  • Exame histopatológico.
  • Sorologia para anticorpos anti-P. brasiliensis.
  • Raio X de tórax ou TC de pulmão para avaliar comprometimento pulmonar.
  • Hemograma e eletroforese de proteínas.

Diagnóstico Diferencial

  • Sarcoidose.
  • Lúpus vulgar.

Tratamento

  • Sulfametoxazol + Trimetoprima ou Itraconazol.
  • Duração do tratamento: 12 meses em formas leves; 18-24 meses em formas moderadas.
  • Casos graves: Anfotericina B ou solução EV de Sulfametoxazol/Trimetoprima.
  • Dose de ataque elevada nos primeiros 2 meses, seguida de redução gradual.
  • Uso de corticoides sistêmicos em alguns casos.

Referências

  • Azulay, R. D., Azulay D.R., AZULAY., L, Dermatologia, 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2022.
  • BOLOGNIA, Jean L.; Jorizzo, Joseph L.; Schaffer, Julie V.. Dermatologia. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.